
Uma sacola rosa, uma caixa, algumas etiquetas, ingressos de cinema e duas pilhas. Que valor pode ter um conjunto desses? Material, com certeza, nenhum. Mas, assim como nosso cérebro, as coisas também trazem em si memórias. Algumas coisas aparentemente insignificantes se inserem em nossas vidas em diferentes situações. Em algumas dessas situações, elas podem tomar significados únicos e intraduzíveis.
Essas coisas simplórias podem nos lembrar de momentos. Não que precisemos dessas coisas para lembrar. O fato de esses objetos terem presenciado, vivido aqueles momentos, os fazem especiais, intrinsecamente especiais. Especiais, não ao ponto da dependência, mas ao valor da dedicação.
Estes objetos – etiquetas, ingressos e embalagens – fizeram parte de um momento especial. Ao guardar esses objetos simples, bobos, guardamos com elas suas e nossas memórias.
Estes objetos em particular fazem parte de um tempo feliz em minha vida. Um tempo único, que nunca se repetirá, mas que poderá voltar em suas várias possibilidades e formas. Estes objetos, teus cheiros, tuas formas, me fazem recordar como se eu pudesse viver aqueles momentos novamente.
Estes objetos são representações que dividi com alguém, momentos de um carinho infinito, de uma passagem inesquecível da minha vida. Portanto, apesar de simples, são únicos e insubstituíveis.
Em minha trajetória e nas suas curvas, eles talvez pereçam, se percam. E talvez os próximos objetos simples – mais etiquetas, mais ingressos e mais embalagens – também se percam. Mas eles estavam e estarão lá, conosco, sendo parte do sentimento que nascera feliz.
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